 Em um dos artigos de sua coluna no jornal “Folha de São Paulo”, Rosely Sayão, após relatar sua conversa com dois jovens inseridos no mercado de trabalho, dá o seguinte diagnóstico: eles “sentem enfado no cotidiano, não conseguem enxergar uma boa perspectiva na vida e, por mais que busquem, não encontram bons motivos para sustentar a vida que levam”. Mais à frente, ela cita o desabafo de um dos jovens: “Viver não pode se resumir a isso, é muita pobreza. Mas eu não sei o que mais poderia acrescentar para viver de bem comigo e com essa vida”. E conclui: “Precisamos ajudar os jovens a terem mais apetite, a tal fome de viver”.
Em um dos artigos de sua coluna no jornal “Folha de São Paulo”, Rosely Sayão, após relatar sua conversa com dois jovens inseridos no mercado de trabalho, dá o seguinte diagnóstico: eles “sentem enfado no cotidiano, não conseguem enxergar uma boa perspectiva na vida e, por mais que busquem, não encontram bons motivos para sustentar a vida que levam”. Mais à frente, ela cita o desabafo de um dos jovens: “Viver não pode se resumir a isso, é muita pobreza. Mas eu não sei o que mais poderia acrescentar para viver de bem comigo e com essa vida”. E conclui: “Precisamos ajudar os jovens a terem mais apetite, a tal fome de viver”.
O assunto vocação não se restringe à juventude, mas no caso dos jovens a questão é vital. É nesta fase da vida que eles fazem suas escolhas e precisam entender melhor o seu papel no mundo, na Igreja, no reino de Deus — o que necessariamente passa pelo entendimento de sua vocação. Isso lhes dá propósito, sentido e fome de viver!
Vocação, ou chamado (aqui tratados como sinônimos), não se reduz a profissão, mas diz respeito também ao chamado de Deus para cada um de nós e para o seu povo.
Vocação é aquilo que somos chamados a ser e a realizar, como pessoas, tanto coletiva como individualmente. No artigo intitulado Viver a vocação valida a vida, publicado no portal Ultimato, o pastor Christian Gillis explica: “Há pelo menos dois aspectos a ser considerados aqui: o denominado mandato cultural e o mandato missional […] A identidade de gênero, a sexualidade, o casamento, a família, a sociedade, as nações, o cuidado com o meio ambiente, o trabalho, a economia, a governança política, a cultura e a espiritualidade estão contidos na bênção-vocação comunicadas por Deus à humanidade como um todo (mandato cultural) e que permanece essencialmente inalterada desde as origens. Responder à convocação divina e cumprir a agenda proposta pelo Criador como pessoas, por meio do corpo, na história, nas interações uns com os outros e com a Terra é encontrar o sentido básico para a existência humana, pessoal e coletiva”.
A outra dimensão da vocação é a participação no serviço ao resgate e reordenamento da criação corrompida; Deus mesmo, em Cristo, entra no mundo para reconciliar todas as coisas consigo, reunindo-as sob o senhorio de Cristo. Novamente nas palavras de Gillis, “Deus, terapêutica e redentoramente, continuamente chama a humanidade de volta, reorganizando a situação de crise e desajuste, proporcionando graciosamente a promessa-vocação, que traça o curso de salvação da deterioração introduzida na história pelo pecado humano (mandato missional)”.
Segundo Ronaldo Lidório, “Toda a igreja de Cristo é chamada (vocacionada, convocada) para a salvação, santidade, comunhão e missão”. A consciência e o compromisso com esta convocação são uma resposta ao amor de Deus, o Senhor de tudo. Como afirma a artista plástica Márcia d’Haese, “Nós simplesmente nos dedicamos a ele, com a nossa limitação humana, dores e tribulações […] e com toda [a] nossa esperança, alegria e gratidão”.
Para Durvalina Bezerra, organizadora do livro “Chamados por Deus — resgatando o sentido da vocação para o cristão hoje” (Betel Brasileiro Publicações, 2014), “A condição de servir como discípulo autêntico é assemelhar-se ao Mestre em sua jornada vocacional […] Nossa vocação maior é glorificar a Deus”.
Uma boa notícia é que, pelo menos de acordo com uma pesquisa feita com jovens presentes no encontro Vocare, boa parte deles está convicta de seu chamado e disposta a segui-lo! Que esta matéria de capa e a reportagem sobre o Vocare possam contribuir para que todos encontrem seu espaço designado por Deus e persistam no caminho, para a glória dele!
Klênia Fassoni
 +55 (61) 98243-6298
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